31/10/2006

crônica abstrata


O maior elemento do tempo


foto e texto por Luiz Bernardo Barreto / Jornalista


Passavam-se os dias, corriam-se as horas. Tudo não passava de mera ilusão que corroía os pensamentos com indagações sem fundamentos. Analisavam-se os caminhos percorridos, dados com coragem e sem pudor. A estrada era longa, os passos se faziam curtos, na tentativa de preservar o tempo que teimava em passar lenta e freneticamente.

Os segundos palpitam os minutos, que em congruência com as horas, especulavam um novo tempo. Ali estava ele, estabelecendo o presente e ditando o futuro, sem rancor ao que se passou, mas com vontade ao que viria a acontecer.
Perguntava-se o por quê do não fundamento do tempo passado, tinha-se o medo e a dúvida da progressividade do mundo como resposta. A resposta baseava-se na ciência da consciência aleatória. Quem saberia responder a pergunta que ainda não foi feita? Qual seria a melhor pergunta para determinada hora?

E em meio à indagações fundamentais e fundamentos ainda não indagados, surgiam os segundos, segundo o qual ninguém se lembraria, pois é passado, calado pelo tempo, esquecido pelas palavras. Uma eternidade congelada a qual o tempo jamais esquecera. Um fundamento passado, indagado no benefício da lembrança e da riqueza do tempo. Um elemento essencial das horas passadas...

1 comentário:

Anónimo disse...

O que seria o tempo sem seus egundos decisivos e impecindíbeis.
Muito bom...