crônica abstrata
foto e texto por Luiz Bernardo Barreto /Jornalista
Compassos futuros de uma progressividade sem destino eram dados de forma lenta e gradual. As formas eram traçadas em composição com estilo e sem traço. A pintura nunca era neutra, dotada de sentido abstrato e sem sentido.
A virtualidade desvirtuava o objetivismo, que tinha como finalidade o incerto e um conceito. O conceito era desconcertante, absolvido pela informalidade de uma nova ordem. O tudo era resumido a um fragmento.
A intenção não tinha compensação. Dava-se a expressão na vontade da captação, de um saber, de um porquê, de um querer. Fazia-se o possível para que o impossível se tornasse possível.
O desejável era concreto e de fácil uso, de fácil utilização e descontração. Passivelmente se estabelecia uma guerra interna e controvertida. Há controvérsias em indagações requerentes de tais objetos quando o assunto se tratava de sua natureza.
Nascia o abstrato, condizente ao sentido ilógico e cheio de sentido, reluzente como forma que informa um novo mundo. Estabelecia-se a nova forma. Produzia-se o novo olhar.