Sociólogo da Fundaj palestra no primeiro encontro de ciências sociais da UFRPE
Fotos e texto por Luiz Bernardo Barreto
Apoio Técnico de Pedro Langsch
No dia 06/011, terça-feira, deu-se início ao 1* Encontro de Ciências Sociais da UFRPE. Com o tema“As Ciências Sociais no Cotidiano”, a Pro-reitora Prof. Maria José abriu a palestra, , enfatizando que há duas semanas atrás, foi convidada pela editora Abril para receber um prêmio em São Paulo, onde o curso de sociologia da Rural foi bem conceituado, e que, futuramente, o certificado de “estrelamento” será passado aos alunos do curso.
A coordenadora do curso de sociologia, Selma Rodrigues de Oliveira, registrou que a Prof. Maria José foi imprescindível na restauração da dignidade do curso, uma vez que conseguido aprovar a nova matriz curricular. Disse também, que o curso é uma luta de um corpo docente que já se aposentou, dos fundadores da área de sociologia. “Éramos seis professores que enfrentamos no início, o ensino de sociologia só para as ciências agrária, e dez anos decorridos, conseguimos criar um curso de Ciências Sociais, passando pelo estudo de Moral e Cívica.
O primeiro palestrante foi o Prof. Da Universidade Rural, João Moraes, que deixou bem claro que a contribuição maior seria do outro palestrante, Túlio Barreto. João procurou ser breve em seu discurso lido, onde falou sobre participação, cidadania e esperança, assuntos esses que publicou em forma de artigo há pouco tempo atrás na imprensa local. Em seu discurso enfatizou que a honestidade e a ética são para ser exercidas e refletidas nos atos e ações, pois são essências de obrigação na vida privada e pública. Afirmou que as fases de discursos contrários da política, levam à uma despolitização da esfera pública, porém esta existirá sempre, independente da vontade dos participantes.
Em suma, seu artigo pregava que quem não participa da política, estar renunciando a cidadania, que seria o direito de ter direitos, e de construir novos direitos. “Os esperançosos são sempre participantes, discutindo as dificuldades enfrentadas pela comunidade. A participação estimula e desenvolve a solidariedade”, disse o professor João Moraes.
Ao final de sua palestra, o vice-reitor da UFRPE, Reginaldo Barros, falou rapidamente, enfatizando que a obrigação da universidade é transmitir conhecimento e, acima de tudo, formar pessoas que pensem com dedicação e compromisso, razão e coração.
O último conferencista, Túlio Barreto, da FUNDAJ, deixou claro que sua principal idéia era “bater um papo” sobre política e sua conjuntura atual, uma vez que o presente é o resultado em larga escala do passado. Entre os autores citados em sua palestra, abordou-se trabalhos de Robert Michels (A sociologia dos partidos políticos – 1911), na tese da lei de ferro das oligarquias. Citou também as transições democráticas, e o brasileiro Francisco de Oliveira, que defende que a política vive momentos de irrelevância.
Túlio Barreto começou seu diálogo falando da frustração da política advinda do primeiro governo do PT. Também, de uma forma mais global, vinda da “crise dos paradigmas” que vem depois da queda do muro de Berlim e a implosão da URSS. No âmbito político nacional, Túlio registrou que o PT se constituiu como uma novidade, sendo a principal expressão político-partidária do momento da ditadura. Lembrou também que a igreja católica teve importância na constituição do partido. “Esse não é um partido qualquer. Ele não surgiu apenas de forma cartorial, como o PMDB, PDF, PP, PSDB e outros. Os trotskistas estavam na concepção do PT, onde depois fizeram nascer o PSTU ”, lembrou o professor.
No início dos anos 90 ocorreu a expulsão de segmentos do PT, que depois iriam dar origem ao PSTU. O projeto que começou ser definido no início dessa década, em 1994, 98 e 2002 é onde o PT faz “A carta aos brasileiros”, onde o partido estabelece um programa mínimo de governo, com aliança com PL e negociações com o FMI, onde Chico de Oliveira, um dos fundadores do PT, se afastou do partido. Esse projeto se afastou dos ideais do partido, num processo de “aburguesamento” dos partidos. Os sindicalistas vão deixando de ser sindicalistas no momento que tomam conta de cargos no poder executivo, e ficam a frente dos fundos de pensão. Sindicalistas estes que são fundadores do próprio PT. Quando Lula anuncia que não vai mais disputar eleição para perder, é um claro aviso, segundo Túlio, que ou o PT entra na regra do jogo da política nacional, ou ele não vai arriscar mais uma eleição pra perder. No entendimento do palestrante, o PT entrou e apostou nessas regras.
A coordenadora do curso de sociologia, Selma Rodrigues de Oliveira, registrou que a Prof. Maria José foi imprescindível na restauração da dignidade do curso, uma vez que conseguido aprovar a nova matriz curricular. Disse também, que o curso é uma luta de um corpo docente que já se aposentou, dos fundadores da área de sociologia. “Éramos seis professores que enfrentamos no início, o ensino de sociologia só para as ciências agrária, e dez anos decorridos, conseguimos criar um curso de Ciências Sociais, passando pelo estudo de Moral e Cívica.
O primeiro palestrante foi o Prof. Da Universidade Rural, João Moraes, que deixou bem claro que a contribuição maior seria do outro palestrante, Túlio Barreto. João procurou ser breve em seu discurso lido, onde falou sobre participação, cidadania e esperança, assuntos esses que publicou em forma de artigo há pouco tempo atrás na imprensa local. Em seu discurso enfatizou que a honestidade e a ética são para ser exercidas e refletidas nos atos e ações, pois são essências de obrigação na vida privada e pública. Afirmou que as fases de discursos contrários da política, levam à uma despolitização da esfera pública, porém esta existirá sempre, independente da vontade dos participantes.
Em suma, seu artigo pregava que quem não participa da política, estar renunciando a cidadania, que seria o direito de ter direitos, e de construir novos direitos. “Os esperançosos são sempre participantes, discutindo as dificuldades enfrentadas pela comunidade. A participação estimula e desenvolve a solidariedade”, disse o professor João Moraes.
Ao final de sua palestra, o vice-reitor da UFRPE, Reginaldo Barros, falou rapidamente, enfatizando que a obrigação da universidade é transmitir conhecimento e, acima de tudo, formar pessoas que pensem com dedicação e compromisso, razão e coração.
O último conferencista, Túlio Barreto, da FUNDAJ, deixou claro que sua principal idéia era “bater um papo” sobre política e sua conjuntura atual, uma vez que o presente é o resultado em larga escala do passado. Entre os autores citados em sua palestra, abordou-se trabalhos de Robert Michels (A sociologia dos partidos políticos – 1911), na tese da lei de ferro das oligarquias. Citou também as transições democráticas, e o brasileiro Francisco de Oliveira, que defende que a política vive momentos de irrelevância.
Túlio Barreto começou seu diálogo falando da frustração da política advinda do primeiro governo do PT. Também, de uma forma mais global, vinda da “crise dos paradigmas” que vem depois da queda do muro de Berlim e a implosão da URSS. No âmbito político nacional, Túlio registrou que o PT se constituiu como uma novidade, sendo a principal expressão político-partidária do momento da ditadura. Lembrou também que a igreja católica teve importância na constituição do partido. “Esse não é um partido qualquer. Ele não surgiu apenas de forma cartorial, como o PMDB, PDF, PP, PSDB e outros. Os trotskistas estavam na concepção do PT, onde depois fizeram nascer o PSTU ”, lembrou o professor.
No início dos anos 90 ocorreu a expulsão de segmentos do PT, que depois iriam dar origem ao PSTU. O projeto que começou ser definido no início dessa década, em 1994, 98 e 2002 é onde o PT faz “A carta aos brasileiros”, onde o partido estabelece um programa mínimo de governo, com aliança com PL e negociações com o FMI, onde Chico de Oliveira, um dos fundadores do PT, se afastou do partido. Esse projeto se afastou dos ideais do partido, num processo de “aburguesamento” dos partidos. Os sindicalistas vão deixando de ser sindicalistas no momento que tomam conta de cargos no poder executivo, e ficam a frente dos fundos de pensão. Sindicalistas estes que são fundadores do próprio PT. Quando Lula anuncia que não vai mais disputar eleição para perder, é um claro aviso, segundo Túlio, que ou o PT entra na regra do jogo da política nacional, ou ele não vai arriscar mais uma eleição pra perder. No entendimento do palestrante, o PT entrou e apostou nessas regras.
No Brasil aconteceu que houve aproximação dos reformadores do regime com os moderadores da oposição, que fizeram a transição política, onde o poder seria passado aos civis, sem mexer no status dos militares e dos políticos que apoiaram o regime militar. No final da palestra, Túlio Barreto respondeu perguntas de temas variados, feitas por alunos, que abordaram o governo de Hugo Chaves, a revolução russa, o bolsa família etc.