27/09/2006

opinião
A base televisiva como suporte ao vídeo educativo

Luiz Bernardo Barreto / jornalista

O perfume da fama, a beleza de uma imagem, a alegria do entretenimento, a presença da persuasão. Que o intencional navega em seu olhar e faça os elementos sensoriais caminharem rumo à sua lógica. Daí, seu “eu” torna-se virtual, numa pequena-grande escala de tempo e com vários processos de funcionalidade comunicacional. Então você se insere numa caixinha mágica e cheia de cores, cujo nome tem porte e atração.., pois seu nome é Televisão.

Afinal de contas, quem não assiste a essa ferramenta? É como se perguntar se há político que não se deixa corromper. Está em todos os lugares, literalmente, roubando atenções e produzindo estereótipos. Dando lugar a quem tem, espaço a quem precisa (quando julga precisar), e poder para quem a detêm. A diversão é praxe, quando o assunto é só entreter e não informar.

Dessa forma constói-se um molde capitalista, ausente de informação completa e de qualidade, presente de conteúdo intencional e descompromisso para com o receptor. Mas isso é o que se procura, pois seu ingrediente faz nascer um “bolo” de falta de conhecimento.

Mas para que esse bolo sem açúcar, sem forma e mal feito não chegue por completo ao nosso paladar, temos que suprir esse gosto com um tempero que enriquece e faz crescer. Essa receita é o vídeo! Eu poderia dizer, facilmente, que também existem vídeos com padrões televisivos. Mas posso dizer também que, com certeza, existe esse mesmo em uma “vertente” mais inteligente e compromissada. Essa ferramenta é o vídeo educacional.

Um debate como modelo, especialistas como fonte de informação, reportagens assumidamente neutra e imparcial, planos gerais e fotografia natural.., elementos que se fazem características em um vídeo educacional, que tende a ser suporte de aula. Essa é a grande pauta dessa ferramenta. A congruência do entretenimento e o conhecimento, do compromisso com a informação, do respeito com o conteúdo, das novas ferramentas com a interação. Esses são os pilares do vídeo educativo.

Mas a esperança mora naqueles que assistem a TV para dominar sua linguagem, e a transformar e moldá-la em um vídeo de educação. Postando o interesse de um bom conteúdo e assumindo essa tecnologia na vontade de construir um novo conceito audiovisual.

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